terça-feira, 5 de junho de 2012

Sacrifícios para mudar


Hoje, não se lê outra coisa no jornais, “Os Portugueses já não estão perante o abismo”, ou, “ A imagem externa de Portugal está a melhorar”. Estas noticias, caíram-me mal no bucho, e com certeza caíram ainda pior, no bucho de muitos Portugueses que o têm vazio.

Os Portugueses que já não estão perante o abismo, estão agora sepultados, graças ao incentivo de certos governantes, para levantarmos as cabeças, dar um passo em frente, abraçar a oportunidade do desemprego, e do pagamento de mais impostos.

Os bravos que deram o passo em frente, deixaram as linhas da frente do precipício, caindo nele.

Esta espécie de batalha para a conquista de uma melhor imagem externa, foi ganha essencialmente através do sacrifício de milhares de famílias pobres, sim porque os ricos não puderam ainda contribuir, não podemos sobrecarrega-los, afinal tem vidas muito agitadas, fugir a um processo judicial por evasão fiscal é cansativo…  

Desta forma estamos perante uma estúpida antítese, pois para se ficar bem visto lá fora, tem de existir uma espécie de sacrifício humano cá dentro. E se é assim, então do que nos valem estas aparências externas? Com tanto sacrifício qualquer dia não existe um único Português vivo para assistir à esperada mudança. 


Olhando de fora para dentro, o "outros" deleitam-se com esta linda praia lusitana, cheia de vida e póneis cor de rosa. Pelos nossos olhos, cavando um bocadinho, um bocadinho só, não é preciso ir tão a fundo, vemos que por dentro temos um Portugal moribundo, cuja palidez tem sido camuflada através de uma equipa de maquilhadores, constituída por um habilidoso Governo funerário.   

É preciso mudar, mas como?  

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