quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A Ereções Espontâneas

Nos dias de hoje fala-se muito abertamente da vida sexual, e abordam-se temas como a disfunção erétil/falta de desejo sexual com alguma frequência.

Existem vários anúncios televisivos sobre esses temas, ou é Nicolau Breyner que não dá conta da mulher, ou é um gajo sentado numa árvore, ou então é aquele das três mulheres de gerações diferentes, que falam da forma como o produto mudou a sua vida sexual e o quão mais ensopadas estão as suas passarinhas, ou então é o António Sala a dizer que temos de ficar “tesos” e despachar o ouro.  

É assim, Isto é tudo muito bonito sim senhor, mas então, e as pessoas que tem excesso de excitação? Hum? Ninguém quer saber desses pobres coitados, que padecem do problema da constante e involuntária, irrigação de sangue nos canais cavernosos, que lhes provoca ereções sem motivo ou estimulo aparente, fazendo com que andam sempre com o “barrote” apertado nas cuecas.

Há que chamar as pessoas à atenção para esta calamidade, porque uma coisa é ser tarado, outra é ser portador da doença das Ereções Espontâneas e ser injustamente classificado por tarado.

Pergunto-me se por acaso alguém neste mundo, já alguma vez pensou em criar um produto para ajudar estas pessoas a  enfrentar esta “dura” realidade?

Estas ereções espontâneas são como as tendas da Quechua, montam-se em segundos, mas para desmontar é o cabo dos trabalhos, depois é impossível esconder uma tenda num pequeno saco de plástico. É muito embaraçoso ter constantemente exposta a sua virilidade, inviabilizando uma vida normal.

Por exemplo, estão no autocarro, e pumba, ereção do nada, como é que se levantam para sair dali? Se não tiverem uma camisa para desfraldar e tapar o coiso, têm de ficar sentados à espera que aquilo passe, entretanto passou a vossa paragem, chegam tarde ao trabalho e pimba despedidos e ficam no desemprego. E depois são presos por atentado ao pudor porque tocaram sem querer na pessoa que estava à vossa frente na fila da segurança social.

E na praia? Os amigos todos “Vamos para a água, iupi, vai ser giro”… Não dá, a não ser que brinquem ao gorila brincalhão, curvem as costas, formando a letra “C” com o corpo, vão a correr para o mar até uma zona que não tenham pé. Esta logistica dá trabalho, fazendo com que fiquem sempre de barriga para baixo na toalha, o que vale um valente escaldão..

Fica aqui a chamada de atenção. Porque esta falta de consideração é uma vergonha pá.

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