Existem vários anúncios televisivos sobre esses temas, ou é
Nicolau Breyner que não dá conta da mulher, ou é um gajo sentado numa árvore, ou
então é aquele das três mulheres de gerações diferentes, que falam da forma
como o produto mudou a sua vida sexual e o quão mais ensopadas estão as suas
passarinhas, ou então é o António Sala a dizer que temos de ficar “tesos” e
despachar o ouro.
É assim, Isto é tudo muito bonito sim senhor, mas então, e as
pessoas que tem excesso de excitação? Hum? Ninguém quer saber desses pobres
coitados, que padecem do problema da constante e involuntária, irrigação de
sangue nos canais cavernosos, que lhes provoca ereções sem motivo ou estimulo
aparente, fazendo com que andam sempre com o “barrote” apertado nas cuecas.
Há que chamar as pessoas à atenção para esta calamidade,
porque uma coisa é ser tarado, outra é ser portador da doença das Ereções Espontâneas
e ser injustamente classificado por tarado.
Pergunto-me se por acaso alguém neste mundo, já alguma vez
pensou em criar um produto para ajudar estas pessoas a enfrentar esta “dura” realidade?
Estas ereções espontâneas são como as tendas da Quechua,
montam-se em segundos, mas para desmontar é o cabo dos trabalhos, depois é impossível
esconder uma tenda num pequeno saco de plástico. É muito embaraçoso ter constantemente
exposta a sua virilidade, inviabilizando uma vida normal.
Por exemplo, estão no autocarro, e pumba, ereção do nada,
como é que se levantam para sair dali? Se não tiverem uma camisa para
desfraldar e tapar o coiso, têm de ficar sentados à espera que aquilo passe,
entretanto passou a vossa paragem, chegam tarde ao trabalho e pimba despedidos
e ficam no desemprego. E depois são presos por atentado ao pudor porque tocaram
sem querer na pessoa que estava à vossa frente na fila da segurança social.
E na praia? Os amigos todos “Vamos para a água, iupi, vai
ser giro”… Não dá, a não ser que brinquem ao gorila brincalhão, curvem as costas,
formando a letra “C” com o corpo, vão a correr para o mar até uma zona que não tenham
pé. Esta logistica dá trabalho, fazendo com que fiquem sempre de barriga para
baixo na toalha, o que vale um valente escaldão..
Fica aqui a chamada de atenção. Porque esta falta de consideração
é uma vergonha pá.
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