Ontem foi para mim um dia de muita indignação. “Porquê?” perguntam vocês com todo o entusiasmo e excitação de sempre.
Então não é que numa das minhas idas ao WC do trabalho, dou de caras com uma sanita toda forricada? Forrica para quem não sabe, é caganeira. E sim, aquilo estava mais salpicado do que uma cena de crime, daquelas em que aparece o Dexter para tirar fotos e o Horatio do CSI.
Como Heavy User do WC do trabalho, fiquei extremamente aborrecido. Primeiro porque numa situação de alta pressão, se só tivesse aquela sanita disponível, teria de fazer as minhas coisas em suspensão. E é muito desagradável fazer cocó em suspensão, na medida em que fico cheio de cãibras nas pernas e não posso disfrutar do meu habitual descanso.
O WC é o meu escape do trabalho, pelo menos durante uns 5/6 minutos duas vezes por dia, é o meu espaço de meditação, gosto de fazer um ninho de papel higiénico, alto e fofo como uma almofadinha e de ficar sentado no meu trono, ainda que emprestado, enquanto leio cenas no meu smartphone.
Ao profanarem o meu espaço de meditação, profanaram também a minha capacidade para trabalhar. Não se brinca com estas coisas, quer dizer, uma pessoa quer descarregar, nervos e assim, e não pode. Depois queixam-se que o fulano tal, está mal disposto e que trata mal as pessoas.
É de facto uma falta de respeito para pessoas como eu, que tiram 110% de proveitos do WC, e para a Sra da limpeza, quem tem de limpar aquela porcaria.
Pronto, isto é uma historia verdadeira, da qual devem tirar uma lição. Existem pessoas que dão valor a coisas que vocês não dão. Para uns o WC é um sitio de merda, para outros é uma espécie de santuário, que às vezes, quase acontecem aparições.
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