quinta-feira, 26 de julho de 2012

A triste vida de Vale e Azevedo


A notícia que hoje mais marcou o meu dia, foi aquela em que Vale e Azevedo afirma ter pensado em suicídio em 2004. Na entrevista muito elucidativa que deu à agência Lusa, abre o seu coração e fala sobre as injustiças e calúnias de que foi alvo.

Ainda não consegui parar de chorar, estou de rastos com a situação e até tive de tomar um imodium lento para acalmar.

«Foi o momento mais difícil em toda a minha vida. Tive de ter muita força para não por termo à vida».

Só não pôs termo à vida porque é um indivíduo muito respeitador da Lei. Estava ele prontinho para fazer uma loucura, quando se apercebeu que o seu Porche estava estacionado em frente a um portão onde era proibido estacionar. Como é um homem íntegro e respeitador dos sinais de trânsito em particular e da Lei em geral, não podia falecer e deixar o carro ali a estorvar. Então disse para si próprio “epá vou tirar daqui o carro, vou estacioná-lo bem, e depois vamos lá falecer”.


E assim foi. Entretanto lembrou-se de ir comprar charutos e varreu-se-lhe a ideia da cabeça.

«Todo esse percurso, a prisão e os processos, destruiu completamente a minha vida. Obrigou-me a mudar, a fazer um esforço para sobreviver e continuar a sobreviver e ir em frente».

Por acaso já pararam para pensar como era se fossem obrigados a mudar de vida e a fazer um enorme esforço para viver num soberbo condomínio privado em Londres com motorista, e com restaurantes onde servem pratos com apenas um cubinho de frango e umas folhinhas de rúcula????

Ser obrigado a mudar para viver assim, não se faz a ninguém…

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