quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Onde estão os valores do Natal?

Para muito boa gente, o Natal é nada mais, nada menos, que o período temporal (inícios de Novembro até 25 Dezembro) em que genericamente, as pessoas saem às ruas ou se forem todos da modernice informática “visitam” o Ebay, para fazer compras desenfreadas, onde gastam tudo o que têm e não têm, em presentes de Natal.

Para mim, o Natal é suposto ser uma Época onde impera a Paz, Compaixão, Amor, Alegria, Amizade e tudo o que é adjetivo positivo. Mas… ao longo do tempo aprendi que esta é apenas a definição teórica do que retrata esta época, nos dias que correm esta definição parece mais uma História antiga para contar aos nossos filhos do que a realidade – “Filho(a) antes o Natal era assim… mágico!” – Parece que o Natal foi como que “Formatado” e adaptado a uma realidade consumista e hipócrita, é ficou (des)caracterizada apenas pela altura em que vamos receber um vencimento extra e ofertas.

Gosto de ver o mundo de todas as maneiras possíveis, tudo nesta vida pode ser percebido de maneiras diferentes… neste momento já nem com esforço mental e cognitivo adicional se consegue ver no mundo a tal magia do Natal…

Em 365 dias de desgraça quase generalizada neste mundo, só nesta época é que as figuras publicas, através dos meios de comunicação social fazem o típico “apelo” para que todos ajudem instituições de caridade, quando no resto do ano nem velos falar dos desfavorecidos, não obstante serem eles os detentores de grandes fortunas – contribuem para a grande desigualdade que existe entre ricos e pobres.

Devido à tal “formatação” que falei há pouco, o ato de presentear outra pessoa deixou de ser um ato simbólico e passou a ser uma obrigação, ou porque se não dar-mos vão ficar chateados ou porque é simplesmente uma obrigação temendo que nos encarem de maneira diferente. Com isto existem pessoas que chegam ao cúmulo de recorrer a instituições de crédito, para poder corresponder com as expectativas interesseiras de familiares e amigos… para estes o Natal será apenas uma época em que é obrigatório contrair mais uma despesa, sentem-se mais obrigados a dar um bem material do que espalhar o amor, nem que seja o tal bibelô ou a garrafa de whiskey cansado que ninguém gosta, eu sei que a intenção é que conta, mas please!!! Porque que gastam dinheiro a oferecer coisas que nem vocês gostam? Todos perdemos, eu ganho uma coisa que não gosto e vocês perdem dinheiro… Até é possível que ofendam o ego de alguma pessoa com tais ofertas cocó – “uhhhgg por quem me toma? Acha que sou pessoa de beber whiskey do Lidl? Hiakkk”…

Enfim, acho que é preferível acreditar que as pessoas entendem que o amor deve ser traduzido na oferta de presentes e que essa “distribuição” de amor é canalizada só e apenas na época do Natal.

Será que estou redondamente enganado? Será que ainda sabem o significado desta época?

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