terça-feira, 16 de outubro de 2012

Nada de novo no OE 2013...


 Ontem o Ministro das Finanças apresentou o orçamento do estado para 2013 (OE). Foi um momento muito bonito porque tinha slides em power point com bonecada. Feio e aborrecido foi ter de ouvir a comunicação do OE  num tom monocórdico, o que revela ausência de sentimentos e nós queremos é mimo.

O Povo Português (incluindo figuras publicas da politica) tem manifestado (e bem) o seu desagrado face às decisões que tem sido tomadas pelo Governo. O FMI assumiu que o  “tratamento” que administrara a Portugal não era de facto o melhor remédio, tendo aproveitado para avisar que mais austeridade não nos vai beneficiar.

Não obstante os avisos para as consequências nefastas da austeridade, o Governo ponderou e trabalhou arduamente, durante várias horas e vários dias sem parar, para chegar à conclusão que afinal o caminho correto não é a austeridade, mas sim mais austeridade com um esforço adicional, porque cometeram erros amadores como retirar subsídios aos funcionários públicos que agora tem de ser devolvidos, pois não tiveram o discernimento de verificar que se tratava de uma medida inconstitucional.  

Enfim mais do mesmo que até dá vontade de rir..
 

Após apresentar as suas medidas complemente “fora da box”, o ministro das finanças diz-nos que:

«A minha participação tem como único propósito retribuir ao país o enorme investimento que colocou na minha educação», afirmou, acrescentando que «a minha educação foi extraordinariamente cara, e Portugal investiu de forma muito generosa durante algumas décadas. É minha obrigação retribuir a dádiva que o país me deu».  

Trocando isto por miúdos, a "retribuição" de que fala Vitor Gaspar chama-se vingança. Vitor Gaspar está agora a vingar as décadas que passou a estudar estas coisas estúpidas das finanças, quando o seu sonho era ser designer de alta costura. Claro que é vingança, porque até agora não acertou nenhuma das suas previsões orçamentais.

O seu País desviou-o das suas aptidões naturais e agora está a dar-nos uma valiosa lição: Há que reformar com alguma urgência o nosso sistema de educação, de forma a permitir que os cursos universitários pagos pelo País sejam frequentados por pessoas com vocação, naturalmente, quase por instinto vão de certo conseguir ir para além do óbvio. 

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