segunda-feira, 3 de junho de 2013

O Busto Funerário Empreendedor.

Este fim de semana, fiz como o miúdo Martim, o puto empreendedor que criou uma linha de roupa e usou gajas giras para a divulgar. Fiquei muito bronzeado. Só faltou criar o negócio empreendedor.

Não criei nada, mas estive a pensar muito nisso. Alguém precisa de levar o país para a frente. O meu raciocínio foi bastante simples. Do que é que o País padece? Padece de tudo, e não tem nada. O que acontece às pessoas que não têm nada? Acabam por falecer.

Em Portugal, neste momento o único negócio rentável e infalível é o das funerárias. Toda a gente, mais tarde ou mais cedo acaba por falecer – exceto os inquilinos, esses nunca morrem, tenho um amigo que tem um prédio e os inquilinos dele têm uns 300 anos e não querem morrer, porque com uma renda de 40/50 € vale a pena viver.

O negócio já existe, e para que seja um serviço diferenciado dos outros, tive de o recriar. Ora vejam a receita para o sucesso:

- Receber o falecido;
- Enviar ao crematório;
- Recolher as Cinzas e guardar;
- Fundir um metal barato num recipiente (pode ser cobre gamado à PT e EDP);
- Juntar as cinzas e mexer bem;
- Criar um molde, com a cara do falecido em Jovem (fica mais bonito);
- Colocar a mistura de cinzas e metal fundido no molde;
- Após arrefecer retirar a Estatua/Busto do molde.

Pumba! Nada se perde tudo se transforma. Os familiares do falecido acabaram de ganhar um estatua/busto, feita com o próprio. Acabaram as idas ao cemitério e as urnas feias sem vida. Agora podem ter em casa, numa cristaleira, ao pé dos copos e pratos que só utiliza quando tem visitas, ou pode coloca-lo no jardim, no meio de uma fonte em pose imponente.

O que sobrasse do metal fundido, fabricava porta chaves de oferta, para toda a família poder andar com o falecido sempre consigo. Literalmente.

É pá que génio.

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