Ainda sobre a lógica dos impulsos jovens e desempregos.
Vamos olhar para a lógica do Miguel Gonçalves, mas com olhos
de ver, tipo como quem vê mamas, ou seja com muita atenção e carinho.
É possível, que existam por aí muitas pessoas acomodadas e
com dificuldades em encontrar emprego, porque não sabem como promover os seus
serviços, ou até porque não querem trabalhar em qualquer coisa que mexa. E para
essas pessoas, ouvir o Miguel Gonçalves, pode ser motivador. É também possível,
que o espirito de mente aberta, cheia de pragmatismo e vontade de investir e
ser melhor, não esteja bem enraizado na cultura Portuguesa.
Mas não acredito, que no quase, um milhão de desempregados,
não exista malta com qualidade, força de vontade, pro-atividade e uma data de
outros adjetivos positivos, que podem consultar no dicionário da língua
portuguesa.
Acredito sim, que neste milhão, existem grandes carolas
pensadoras de matérias diversas (de vários tamanhos e feitios), que já
trabalharam em grandes empresas, com grandes skills. Acredito que dentro do
“milhão” existem muitos recém licenciados, cheios de ideias fresquinhas, que
até tiveram a oportunidade de integrar num estágio profissional numa boa
empresa, onde criaram coisas giras, mostraram serviço, e fizeram muitas cenas,
tudo em troca de duas linhas no Curriculum, que comprovam que lá estiveram a
ganhar experiência. E talvez de uma sande de courato para o lanche.
A esmagadora maioria destas pessoas, já trabalhou muito, algumas até uma vida,
e penso que os seus conhecimentos poderiam ajudar claramente o país a mudar
para melhor. Mas as empresas, optam por deixa-los fazer parte de uma histórica
% de desempregados em Portugal.
É aqui onde eu quero chegar, o que escrevi em cima é só uma
introdução. Fala-se das pessoas, que não procuram, ou que não sabem procurar.
Certo, é possível, mas então e das empresas ninguém fala?
Qual é o contributo das empresas para o combate ativo ao
desemprego? Se existem desempregados, é porque as empresas não estão a
empregar, não é? Parece-me lógico! Mas e...
- Será que as empresas em geral, tem uma mentalidade suficientemente aberta a paleios “à lá Miguel Gonçalves”, sobre o empreendedorismo e da vontade de fazer melhor?
- Será que estarão dispostas a arriscar mais, para conseguirem mais e melhores resultados?
- Será que ouvem as ideias dos seus empregados, que vai na volta, até contribuíam para alavancar os resultados da empresa para outros niveis?
- As empresas, dão formação qualificada aos trabalhadores, para os ajudar a ser ainda melhores?
- As empresas, têm uma filosofia de equipa? Ou apenas acreditam que existe um chefe, e o resto?
- Será que pagam os impostos em Portugal, contribuindo para gerar mais riqueza e consequentemente criação de mais emprego?
- Alocam os recursos – Pessoas – que trabalham nas empresas a postos onde podem dar um maior e melhor contributo?
Se calhar, tem de existir é um gajo que dê palestras a
empresas e não a pessoas. As pessoas estão bem, qualquer coisa emigram ou fazem
outra coisa qualquer para ganhar dinheiro, nós cá nos safamos e adaptamos a
todo e qualquer tipo de ambiente.
E as empresas?
ora muito bem, gostei do que li e estou 100% de acordo. Parabéns pela lucidez de pensamento.
ResponderEliminarJosé,
ResponderEliminarMuito obrigado por ter lido e pelo comentário.
Grande abraço :)
Faço parte do grupo dos recém licenciados (estive um ano com 1 bolsa de investigação, mas ainda me considero como tal) e posso dizer que não tem sido nada fácil... e sim, acho que algumas empresas precisam de formação... na área em que estou, quase não há anúncios, temos de ser nós a procurar as empresas... e enviar currículos espontaneamente faz com que quase nunca nos respondam (ao menos que dissessem que não!). Alguma coisa não está a funcionar aqui...
ResponderEliminarÉ isso Joana, alguma coisa não está correta aqui.
ResponderEliminarQuando o Miguel Gonçalves diz que temos de mudar mentalidades, é verdade. Pena é não falar de mudar mentalidades das empresas.
Por um lado temos de nos destacar, por exemplo, ir ao linkdin e ver quem é o CEO e enviar diretamente o CV para ele. Pode resultar.
Por outro lado os CEO’s, não estão preparados para lidar com pessoas, não são capazes de ver o potencial, nem de retirar o sumo todo dos colaboradores…