Ontem o Ministro das Finanças apresentou o orçamento do
estado para 2013 (OE). Foi um momento muito bonito porque tinha slides em power
point com bonecada. Feio e aborrecido foi ter de ouvir a comunicação do OE num tom monocórdico,
o que revela ausência de sentimentos e nós queremos é mimo.
O Povo Português (incluindo figuras publicas da politica) tem
manifestado (e bem) o seu desagrado face às decisões que tem sido tomadas pelo
Governo. O FMI assumiu que o “tratamento”
que administrara a Portugal não era de facto o melhor remédio, tendo aproveitado
para avisar que mais austeridade não nos vai beneficiar.
Não obstante os avisos para as consequências nefastas da
austeridade, o Governo ponderou e trabalhou arduamente, durante várias horas e
vários dias sem parar, para chegar à conclusão que afinal o caminho correto não
é a austeridade, mas sim mais austeridade com um esforço adicional, porque
cometeram erros amadores como retirar subsídios aos funcionários públicos que
agora tem de ser devolvidos, pois não tiveram o discernimento de verificar que
se tratava de uma medida inconstitucional.
Enfim mais do mesmo que até dá vontade de rir..
Após apresentar as suas medidas complemente “fora da box”, o
ministro das finanças diz-nos que:
«A minha participação
tem como único propósito retribuir ao país o enorme investimento que colocou na
minha educação», afirmou, acrescentando que «a minha educação foi
extraordinariamente cara, e Portugal investiu de forma muito generosa durante
algumas décadas. É minha obrigação retribuir a dádiva que o país me deu».
Trocando isto por miúdos, a "retribuição" de que fala Vitor Gaspar chama-se
vingança. Vitor Gaspar está agora a vingar as décadas que passou a estudar estas coisas estúpidas das finanças, quando o seu sonho era ser designer de alta costura. Claro que é vingança, porque até agora não acertou nenhuma das suas previsões orçamentais.
O
seu País desviou-o das suas aptidões naturais e agora está a dar-nos uma
valiosa lição: Há que reformar com alguma urgência o nosso sistema de educação,
de forma a permitir que os cursos universitários pagos pelo País sejam
frequentados por pessoas com vocação, naturalmente, quase por instinto vão de
certo conseguir ir para além do óbvio.
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